segunda-feira, 29 de abril de 2013

Eu me apaixonei por un anjo. Capítulo 5

Capítulo 5



O Portal para o Inferno.

I.Vivendo do jeito dos outros.

Este era o momento certo para descobrir as coisas do céu e da terra. Tinha que ser agora ou nunca. O momento de me tornar mulher. Deixar de ser aquela garota ingênua. Perder aquela inocência que eu fazia tanta questão de manter. Para se tornar uma pessoa melhor é preciso, primeiro, se tornar uma pessoa pior. No capítulo 4 eu escapei do inferno. Mas aqui eu vou parar nele por vontade própria.

Não dá pra entender o que faz uma pessoa abandonar o paraíso e procurar um jeito de entrar no inferno. Se existe uma explicação vou tentar fazê-la aqui. Ainda estava morando na casa do Pastor Anjo e era tudo maravilhoso apesar de nunca poder expressar meus sentimentos por ele. A paixão só aumentou com a convivência. Eu via o quanto ele era dedicado e comprometido com a obra de deus. Eu sempre esperava acordada ele chegar da gravação do programa de TV lá pelas tantas da madrugada. Ás vezes eu passava pela porta do quarto dele e era certo que ia ouvir ele orando. Parece que ele não dormia nunca. E eu muito menos com tanta inquietude dentro do meu peito. 

Eu não sei de onde vinha a energia do Pastor Anjo. Eu verei uma espécie de secretária dele como forma de retribuir a ajuda que ele estava me dando. Morando com ele não tinha só casa, comida e roupa lavada. Ele pagava minha faculdade e eu levava uma vida normal como ha muito tempo não fazia. Na casa do pastor anjo eu me tornei uma estudante mais que dedicada, aprendi as lições da faculdade, as lições da bíblia e as lições da vida. A rotina era bem puxada. Acordar com o galo. Cruzes!! Vocês podem imaginar como foi difícil para mim reajustar o meu relógio biológico. Mas eu fazia tudo com muito amor. Apesar de toda a minha dedicação meu pastor me afastou dele me arrumando um emprego. Ele não me mandou embora. Mas queria que eu começasse a juntar dinheiro para um dia recomeçar minha vida. Sem ele!

Eu admirava a abnegação dele. A moral dele era inquestionável. Assim como era inquestionável o respeito que sempre teve por mim. Ele não se importava se ter uma hospede feminina em sua casa iria gerar comentários maldosos dentro da própria igreja. Ele tinha uma consciência tranquila e um coração puro. Se ele suspeitava dos meus sentimentos nunca demonstrou. Cada vez que eu olhava pra ele eu bloqueava a imagem dele de homem. Eu fingia que estava vendo uma mulher. Vocês podem rir. É estranho mesmo mas somos perfeitamente capazes de boicotar nossos pensamentos. Foi ele mesmo quem me ensinou a manipular a mente.

Eu aprendi a usar minha mente para bloquear pensamentos impuros, indignos, de cobiça, de maldade,  de inveja ou de ciúmes. É apenas um dos frutos do espírito santo. O domínio próprio. Então cada vez que minha mente pensava algo que eu não devia ou que eu não queria eu automaticamente pensava o contrário expulsando o pensamento ruim. Você só peca em pensamento se você quiser. Se você alimentar essas ideias elas passarão do campo das idéias para o campo da realidade facilmente.

Eu tinha certeza que se ele descobrisse o que eu sentia me mandaria embora. Uma vez ele orava do lado de fora, num mini quintal que tinha na casa dele. Já estava quase amanhecendo e eu vi que ele adormeceu lá. Eu cheguei bem perto para acorda-lo. Quis tocar seu rosto, mas me contive. Eu peguei um cobertor e joguei sobre ele e só aí eu o acordei. Ele disse _obrigada! É bom ter uma pessoa que cuide da gente. Me deu a sensação que ele estava gostando da minha companhia. Se eu tivesse tocado o seu rosto dificilmente pararia ali. É como evitar o primeiro gole. Evite e se manterá firme e forte. Caso contrário vai beber a garrafa toda e ainda assim não será suficiente para te satisfazer. 

Os nossos desejos e instintos são traiçoeiros. Não devemos nunca confiar de deixar uma faísca acesa. Pois quando menos se espera essa faísca incendeia tudo. 

O meu emprego numa livraria evangélica não preenchia minha necessidade de crescimento. Eu comecei a me inquietar com isso. Com o emprego, com a monotonia da minha vida, e principalmente, com minha falta de coragem de tomar uma atitude. Todos aqueles meses fazendo exatamente o que o Pastor Anjo queria que eu fizesse, sendo uma pessoa que eu não era. Tudo pra que ele notasse que eu servia para ele. Tudo pra que ele enxergasse em mim a mulher ideal para ser a esposa dele. Vivendo da maneira dele eu pensei que fosse conquista-lo. Mas se isso acontecesse por quanto tempo eu poderia viver do jeito de outra pessoa? 

Eu não estava sendo verdadeira comigo mesma vivendo de uma maneira falsa. Eu não estava vivendo a minha verdade sendo uma outra pessoa ou fazendo coisas que eu jamais faria sendo eu mesma. Eu me anulei pra agradar a ele. Como eu não tive progressos ou recompensa por tanto esforço em mudar comecei a me sentir desestimulada. Já não sentia aquela alegria de quando comecei a morar com ele e o acompanhava em todos os lugares.


II. Antes de voltar pra casa.

Esconder tristeza e fingir alegria nunca foi o meu forte. Eu já reprimia um monte de sentimentos. Estava pra explodir. Eu olhava para o meu reflexo no espelho e dizia para mim mesma: "Coragem! Se declara pra ele" Mas o meu outro Eu dizia: "Vai orar!" Foi uma verdadeira luta. Lembrei do meu ex gerente da Abra Kadabra que disse: “Vá até as últimas consequências”. E eu fui. Respirei fundo tomei fôlego e disse: "Eu te amo" Ele ainda estava segurando minha mão. Não se afastou de mim. Só me abraçou e me acalentou como da primeira vez, na igreja, quando vinha de Magé. Eu estava confusa e não sabia a posição dele diante dos fatos. Mas eu o abraçava forte, com desespero, com a necessidade de tocar e de sentir o corpo dele. Eu segurei na gola da camisa dele e mais uma vez falei: "Te amo, Pastor Rafael. Eu te amo" _ Porque parecia que ele não tinha escutado. Ele me afastou e disse: "Tenho que falar com Deus"

Eu achei que eu estaria tirando um peso dos meus ombros. Mas foi pior o meu sentimento de culpa. Enquanto ele orava eu arrumava as malas. É difícil compreender o rumo que a vida toma em alguns momentos. Mas de uma coisa não se pode esquecer: “Nada é por acaso. Às vezes, o melhor parece ser o pior, e o certo aparenta ser errado, mas tudo faz parte, tudo contribui ao crescimento e tudo, tudo tem um porquê.” Eu li isso em algum lugar e nunca me esqueci. Era mesmo duro de acreditar que eu deixava a casa do homem que amava para viver sozinha novamente. Eu fui para minha antiga casa. Aquela que presenciou tantas crises e onde eu derramei muitas lágrimas. Mas a única que ia me fazer quebrar a rotina completamente porque eu estava no bairro onde de tudo acontece. E perto de amigos que não deixariam cair, amigos de Copacabana. 

Voltar para Copa representava um recomeço para mim. Eu não era a mesma e ainda assim era Eu com as minhas lembranças. Um troço bem estranho. Uma coisa não tinha mudado, Copa ainda era uma mistura de alegria e fantasia. O lugar onde ser sexy é obrigação e o lugar onde os romances crescem e se tornam inesquecíveis como em Paris ou Las Vegas.

Não adiantou muito me esconder quando fui a faculdade para pedir transferência ele estava lá me aguardando. Ele me disse que era natural eu confundir as coisas. Que o que vivemos foi uma linda amizade. Que amor e amizade são quase a mesma coisa. E falou, e falou e falou. Tentado me convencer que eu não sentia amor por ele. Que a condição dele (pastor) me fez sentir atraída porque ele era diferente. Segurando em minhas mãos como de costume disse:

_ Acredite que nós não fomos feitos um pro outro. Graças a deus eu não sou desse mundo. Eu estou nele mas não pertenço a ele. Porque veja bem, um homem comum não teria como resistir a você, querida.

_ Me diga, você é um anjo? Por favor eu preciso saber. 

_ Eu posso ser o que você quiser. Menos o homem que vai te enganar. Vá em busca da sua verdadeira felicidade que não sou Eu. E pode ser que não seja nenhum homem. Pode ser sua carreira, um hobby ou a realização de seus sonhos.

Eu entendi o que ele estava dizendo. Lembrei de tudo que vivemos naquela casa. Das vezes que cuidamos um do outro. Das horas de conversas e risos. Das confissões. E das vezes em que eu tentei usar um pouco de sedução, sutilmente. Era uma questão de tempo pra eu assimilar que eu tinha me apaixonado por um anjo literalmente encarnado.

III. O golpe de misericórdia.

Se apaixonar por um anjo não é o problema. O problema é ser a pior opção para esse anjo. Eu sabia que por mais que eu quisesse eu jamais seria a mulher certa para meu pastor. Eu tinha cometidos vários pecados dos quais não me arrependia. E também a vida que eu queria viver não era uma vida de abnegação como a dele, ainda queria fazer muitas coisas. Coisas de jovem. Errar, cair e cair outra vez. Quebrar a cara centena de vezes. Com ele eu iria pular uma etapa da minha vida. 

Gritar! Eu queria gritar. Eu tinha dúvidas até se deus iria me ouvir. Nem lembro como cheguei no meu apartamento. Mas lembro que peguei uma garrafa de tequila. Peguei todas as fotos do meu anjo, espalhei todas no tapete da sala, ainda cheia de caixas da mudança. Me sentei no chão e a cada dose que eu bebia era uma foto que eu rasgava. Eu realmente tinha aprendido que se um homem não me quer eu tinha que fazer de tudo pra esquece-lo. Apagar todas as lembranças. Destruir tudo que lembra esta pessoa, ir para o mais longe possível. E recomeçar a vida tentando fazer tudo diferente. Ele tinha me ensinado muito bem como se livrar de uma decepção amorosa. Determinar que não vou mais pensar no meu problema foi uma coisa que eu aprendi muito bem. Determinar que eu sou maior e mais forte que todos os problemas também. 

Mas a bebida foi diabólica. Foi meu único erro. Erro fatal. Uma pessoa deprimida deve evitar o primeiro gole. Ainda mais uma pessoa com antecedentes como eu. Voltei para a Abra Kadabra e voltei para bebida também. Parece que a noite era um vício. Assim como os drinks também. Troquei de telefone para não receber mais as mensagens do pastor. Incrível não tinha abandonado ainda a faculdade. Procurando me distrair eu aceitava sair com todos os rapazes que me cortejavam. Parece que eu estava no meu momento popular. As garotas me odiavam porque todos me cobriam me cuidados e atenção. Elas não entendiam que os rapazes me bajulavam porque nunca nenhum deles conseguiu de mim o que facilmente eles conseguiam com qualquer uma delas. O sexo. Ah, isso sim pode deixar todos os homens a seus pés caso você mostre indisponível. Eu brincava. Jogava charme. Instigava. Mas na hora H eu usava a tangente para sair. Eu sempre fui muito boa nisso.

Minha família aproveitava a vida depois da ameaça do câncer. Minha mãe não queria esperar para conhecer Petrópolis, era o sonho da vida dela. Sonho possível depois que minha tia comprou uma casa lá. Vivemos nos trópicos, aqui chove muito no verão. A região serrana do Rio é sempre muito castigada pela chuva, mas perigo mesmo sofre quem mora nas encostas. Era o caso da minha tia. Estavam todos reunidos na sala celebrando o reencontro entre familiares. Só faltava eu. Um golpe do destino me tirou todos eles num deslizamento em uma catástrofe que foi uma das piores do estado do Rio. Eu que cheguei ao ponto de fazer quase tudo pela minha família perde-los assim dessa maneira foi um golpe que eu não pude suportar. Se eu ao menos tivesse na casa do meu anjo. Os golpes da vida mudam a gente pra melhor ou pra pior.

A dor cega a gente. Eu desliguei todos meus sentimentos depois da perda de minha família. Não quis comunicar o Pastor Anjo. Enterrei minha família com apenas uma amiga me amparando. Eu perguntei a deus o que eu tinha feito de errado pra ele me castigar tanto. Esse é um questionamento normal quando se perde tudo. Não deixar que eu tivesse o meu pastor era uma coisa que eu podia superar. Mas me tirar de uma só vez toda a minha família era cruel demais pra eu achar que deus se importava comigo. A dor. A revolta. São vilões que podem fazer você blasfemar contra deus. A raiva pode te tornar poderoso. Mas a culpa pode te destruir. Pra tentar inibir a minha dor eu alimentei a minha raiva e a minha revolta. Deixei de bloquear os maus pensamentos. E passei a praticá-los. Depois de tudo que eu vivi na casa do Pastor Anjo. Depois da minha experiencia com deus. Parecia que eu queria me vingar de deus. Eu sabia o quanto deus me amava e eu simplesmente quis me afastar de dele. Eu decidi procurar o inferno e me aliar à Satanás.


IV. Demônio com cara de anjo.

Antes eu tinha renunciado o dinheiro por amor. Amor a minha família que ficaria muito triste se soubesse que eu estava contrariando toda educação que me deram. Eu não queria envergonhar meus pais. E também pela certeza que só amor poderia retribuir qualquer sacrifício feito por ele. Eu não podia me entregar a outro quando na verdade eu amava o Luca. Depois veio o Pastor Anjo e eu tive certeza que fiz as escolhas certas na minha vida. Mas agora eu não tinha mais a quem me entregar por amor. Não tinha mais a quem respeitar. Não tinha mais a quem fazer feliz. Ninguém que pudesse se orgulhar de mim. Então eu poderia fazer qualquer coisa que não estaria envergonhando ninguém. 

Depois de duas semanas comendo o pão que o diabo amassou. Sem dinheiro eu decidi reagir. Foi ao shopping procurar um vestido tipo mulher fatal. Arrumei o cabelo. Fiz a melhor maquiagem estilo diva hollywoodiana. E eu estava pronta para a barreira. Vestida com um modelito preto fatal e batom vermelho eu não estava disposta a voltar para casa. Pelo menos não com menos de cinco mil reais. E era o meu dia de sorte. Porque eu tinha pensado bastante na minha estratégia. Já tinha comunicado o gerente da Vegas Café que eu ia voltar. E que preparasse o leilão. Essa moda pega. Venda, leilão ou aluguel do corpo pra mim não era mais um tabú. Não era mais problema, muito menos vergonha. Eu não tinha mais com quem me importar. Nem comigo mesma. E eu estava com “sorte” como se diz na noite. Tinham dois clientes cobrindo o lance um do outro a cada minuto e quando eu cheguei e disse que aquela noite não teria apresentação. Que aquela noite era especial e que só o homem que me levasse saberia o que eu estava vestindo por baixo e que o streap seria exclusivo para este homem.

Um homem que não me conhecia. Só ouviu falar. Dobrou a oferta que já estava em três mil. E bateram o martelo. Eu estava com seis mil. Nada mal para uma noite. Mas quem era este homem? Feio, bonito, interessante ou atraente eu não sei. Não sou capaz de descreve-lo porque desliguei as emoções e não podia ver o homem na minha frente. Naquele momento era como se estivesse desligando a minha humanidade. Eu não me preocupava em ouvi-lo. Apenas respondia o que ele me perguntava mas não era capaz de ser sincera. Falar a verdade não era a intenção. Quando deixamos nossas emoções de lado não sofremos. Não sentimos as coisas. Não sentimos nada. Não sofremos, mas também não somos felizes. 

Ser feliz é um estado de espírito. E eu tinha decidido me matar. Não literalmente. Mas aos poucos, desligando as emoções, deixando a humanidade de lado eu seria apenas um corpo vagando sem alma, sem coração e sem vida. Eu não pensava mais como antes. Não me importava com nada nem ninguém. Apenas comigo e com meu bem estar financeiro. Isso porque me dava prazer ver os olhares de inveja das outras mulheres. Minhas “amigas” queriam saber o que eu estava fazendo para ganhar tanto dinheiro em tão pouco tempo e eu não queria dizer a elas que existia uma casa em que as garotas eram bem mais valorizadas. Eu ficava calada. Eu não queria ajudar ninguém. Eu mentia com uma facilidade absurda. Dizia que tinha conhecido um gringo milionário em Copacabana. 

Foi aí que eu comecei com a minha jornada rumo ao inferno. Eu não sabia mas cada mentira. Cada pessoa que eu enganava acelerava minha chegada. Os inimigos não existiam. Eu era minha unica inimiga. Mas eu enxergava inimigos em todo lugar. E sempre queria me vingar deles. A vingança foi outro agravante. Foi o que me fez pular de um precipício. Algo irremediável do qual me arrependo até hoje. Mas eu devo começar do começo do dia seguinte ao meu leilão. Quando eu cheguei em meu apartamento em Copacabana com o cheque eu fui ao banco depositar e esperar que ele tivesse fundo. Vindo de quem veio achava difícil querer se queimar se envolvendo num escândalo porque era exatamente o que eu iria fazer caso não compensasse.

Bem, eu só pensava em voltar a Vegas e saber quanto eu iria conseguir naquela noite. Eu não podia esquecer que 20% era da boate. Eles gostaram da ideia do leilão e como os outros ficaram a ver navios eu esperava que estivessem lá para tentar de novo. E estavam. Mas diferente eu não podia mais sonhar com 6 mil reais. Consegui 4 mil. E foi assim por uma semana variando entre 4 e 5 mil. Até que eu tive a maravilhosa ideia de me inscrever num famoso site internacional de garotas de programa. Foi bem aí que eu me perdi pra nunca mais me achar. Comecei a atender os estrangeiros que vinham de todas as partes do mundo. A maioria deles eram muitos discretos e queriam que parecesse que eu era namorada deles. Então, eu ia pegá-los no aeroporto levando minha mala também porque sempre ficava hospedada junto com meus clientes. Geralmente funcionava assim eu cobrava a diária mas tinha que ter tempo para mim também. Tipo tempo para ir a faculdade, salão de beleza, estética e shopping. Eu entendi que homem quer sentir que a mulher tem vida própria, tem seus afazeres e que ficar juntos para almoçar e jantar já estava de bom tamanho. 

Foi gostoso viver como uma dondoca ou como uma patricinha. Tinham os que preferiam um estilo mulher cabeça outros que queriam uma louca. Eu sempre tive veia artística, podia fazer a personagem que me desse na telha. Então fui levando uma vida nada convencional como eu sempre quis. Sem rotinas. Sem envolvimentos afetivos. Mas com muito, muito entretenimento. E ainda não era o que eu queria. Não estava suficiente para mim. O luxo era pouco pra mim. Eu sempre queria mais. Eu queria o topo do mundo. Eu queria tanto dinheiro quanto fama. Qualquer mulher ia preferir ganhar um pouquinho a menos e passar um fim de semana com um homem lindo e agradável. Eu dispensava esses e preferia os mais ricos e poderosos. Quanto mais prestigio e influencia maior era o meu cachê.

Nenhum comentário:

Postar um comentário